ENREDO PARA O CARNAVAL 2011
GRÊMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA UNIDOS DOS PASSOS
ENREDO PARA O CARNAVAL 2011
MUITO PRAZER: EU SOU O SAMBA
Autores: Nádia, Alex e Rita Camacho
Quando a UNIDOS DOS PASSOS desfilar na passarela, acontecimentos relativos e ligados ao SAMBA estarão presentes no visual de seus componentes e em suas alegorias.
O SAMBA teve origem nas senzalas, tanto das plantações de açúcar do Nordeste brasileiro quanto nas regiões mineradoras do Sudeste. É filho legítimo do batuque.
Os principais componentes do SAMBA são a raça e a condição social, no caso da raça negra vinda da ÁFRICA na condição de escravos que, após gerações, se instala no Rio de Janeiro, capital do império e posteriormente da república, na área dos atuais bairros da Cidade Nova, Saúde e Gamboa, chamada então de “PEQUENA ÁFRICA”.
Em sua terra de origem, os negros se comunicavam através de TAMBORES (tribos com tribos) por sons compassados obtidos a partir do toque das mãos em troncos de árvores. O som cadenciado dos TAMBORES vão ser incorporados aos rituais, influenciando nos gestos de deslocamento dos quadris, do tronco e das pernas, criando assim uma forma expressiva de DANÇA.
Os sons passam a despertar movimentos sensuais prazeirosos na comunicação corporal entre homem e mulher, e em todos os momentos o TAMBOR e a DANÇA se faz presente: nas celebrações de FÉ, no respeito aos ANTEPASSADOS, na alegria das FESTAS. As figuras sociais masculinas e femininas se misturam no caldeirão fervente de cultura que envolve as atividades dos negros no Rio de Janeiro e para a PEQUENA ÁFRICA convergem pessoas dos mais diversos interesses e raças que moravam na cidade. Alí, vários terreiros do candomblé se instalam e, em um deles, as raízes do SAMBA começam a dar origem ao gênero musical que conhecemos hoje. Neste terreiro em particular, surge a primeira grande dama do SAMBA, TIA CIATA, que assume em pouco tempo a liderança espiritual de todos os terreiros da região. Na CASA da TIA CIATA, a percussão negra se encontra com instrumentos de corda e sopro, de origem européia, surgindo novas formas de se batucar, com harmonização musical muito mais rica.
Próximo dalí, na praça Tiradentes, CHIQUINHA GONZAGA abre sua escola de piano, após se separar do marido. Moça prendada, preparada para o casamento, dominava como ninguém o teclado do piano e, ao se separar do marido, para garantir sua sobrevivência, começa a dar aulas de música. Em sua casa, no intervalo das aulas, CHIQUINHA GONZAGA compõe chorinhos maxixes e marchas-rancho, em parceria com vários músicos de destaque, entre eles o maestro Ernesto Nazareth. A fusão do chorinho, que rapidamente se espalhou pelo meio musical do Rio de Janeiro, com o lundú do batuque dos terreiros e com a polca européia, vão resultar um abraço musical único, “vai dar SAMBA”.
Mais ou menos na mesma época, a música que se fazia nos bairros suburbanos do Rio de Janeiro ganha uma aliada importante, de classe social elevada. Nada menos que a esposa do Presidente Hermes da Fonseca, DONA NAIR DE TEFFÉ, exímia pianista, assumindo o piano do Palácio do Catete, sede oficial do governo da República, dedilha, entre as músicas clássicas e chiques para a época, uma série de composições de CHIQUINHA GONZAGA, Ernesto, Sinhô e outros bambas, surpreendendo convidados do Presidente, inclusive diplomatas estrangeiros, industriais e políticos brasileiros! O Rio de Janeiro se torna então a cidade-berço de um novo ritmo musical, o SAMBA.
Em breve, o SAMBA é gravado, e vão surgindo grandes músicos como DONGA, Pixinguinha, Noel Rosa, e outros mais. Se espalha pelos diversos bairros da cidade e surgem vários grupos que se organizam numa nova associação, denominada pelos sambistas de ESCOLA DE SAMBA. Em pouco tempo, as Escolas, no afã de mostrarem os passos coreográficos de seus BAMBAS (os componentes eram assim chamados) começam a desfilar em concursos promovidos inicialmente por jornais da cidade.
Com a popularização das rádios, os sambistas e compositores de SAMBAS passam também a ter um poderoso canal de comunicação com o público de todo o país. Afinal, todos queriam saber, em qualquer rincão do Brasil, o que se passava na capital federal. Vão surgir então as fusões do samba com outros ritmos, dando origem à profusão de gêneros que hoje todos conhecemos e que são: SAMBA DE BREQUE, SAMBA DE RODA, SAMBA DE PARTIDO ALTO, SAMBA CANÇÃO, AXÉ OU SAMBA DA BAHIA, SAMBA ENREDO, além da sofisticadíssima BOSSA-NOVA, que se espalhou então pelo mundo inteiro, juntou-se a ritmos do caribe e eu origem ao que se chama hoje de música-mundial (World Music), tocada em hotéis, aeroportos, clubes, palácios em todo mundo. O SAMBA venceu!!!
ENREDO PARA O CARNAVAL 2011
MUITO PRAZER: EU SOU O SAMBA
Autores: Nádia, Alex e Rita Camacho
Quando a UNIDOS DOS PASSOS desfilar na passarela, acontecimentos relativos e ligados ao SAMBA estarão presentes no visual de seus componentes e em suas alegorias.
O SAMBA teve origem nas senzalas, tanto das plantações de açúcar do Nordeste brasileiro quanto nas regiões mineradoras do Sudeste. É filho legítimo do batuque.
Os principais componentes do SAMBA são a raça e a condição social, no caso da raça negra vinda da ÁFRICA na condição de escravos que, após gerações, se instala no Rio de Janeiro, capital do império e posteriormente da república, na área dos atuais bairros da Cidade Nova, Saúde e Gamboa, chamada então de “PEQUENA ÁFRICA”.
Em sua terra de origem, os negros se comunicavam através de TAMBORES (tribos com tribos) por sons compassados obtidos a partir do toque das mãos em troncos de árvores. O som cadenciado dos TAMBORES vão ser incorporados aos rituais, influenciando nos gestos de deslocamento dos quadris, do tronco e das pernas, criando assim uma forma expressiva de DANÇA.
Os sons passam a despertar movimentos sensuais prazeirosos na comunicação corporal entre homem e mulher, e em todos os momentos o TAMBOR e a DANÇA se faz presente: nas celebrações de FÉ, no respeito aos ANTEPASSADOS, na alegria das FESTAS. As figuras sociais masculinas e femininas se misturam no caldeirão fervente de cultura que envolve as atividades dos negros no Rio de Janeiro e para a PEQUENA ÁFRICA convergem pessoas dos mais diversos interesses e raças que moravam na cidade. Alí, vários terreiros do candomblé se instalam e, em um deles, as raízes do SAMBA começam a dar origem ao gênero musical que conhecemos hoje. Neste terreiro em particular, surge a primeira grande dama do SAMBA, TIA CIATA, que assume em pouco tempo a liderança espiritual de todos os terreiros da região. Na CASA da TIA CIATA, a percussão negra se encontra com instrumentos de corda e sopro, de origem européia, surgindo novas formas de se batucar, com harmonização musical muito mais rica.
Próximo dalí, na praça Tiradentes, CHIQUINHA GONZAGA abre sua escola de piano, após se separar do marido. Moça prendada, preparada para o casamento, dominava como ninguém o teclado do piano e, ao se separar do marido, para garantir sua sobrevivência, começa a dar aulas de música. Em sua casa, no intervalo das aulas, CHIQUINHA GONZAGA compõe chorinhos maxixes e marchas-rancho, em parceria com vários músicos de destaque, entre eles o maestro Ernesto Nazareth. A fusão do chorinho, que rapidamente se espalhou pelo meio musical do Rio de Janeiro, com o lundú do batuque dos terreiros e com a polca européia, vão resultar um abraço musical único, “vai dar SAMBA”.
Mais ou menos na mesma época, a música que se fazia nos bairros suburbanos do Rio de Janeiro ganha uma aliada importante, de classe social elevada. Nada menos que a esposa do Presidente Hermes da Fonseca, DONA NAIR DE TEFFÉ, exímia pianista, assumindo o piano do Palácio do Catete, sede oficial do governo da República, dedilha, entre as músicas clássicas e chiques para a época, uma série de composições de CHIQUINHA GONZAGA, Ernesto, Sinhô e outros bambas, surpreendendo convidados do Presidente, inclusive diplomatas estrangeiros, industriais e políticos brasileiros! O Rio de Janeiro se torna então a cidade-berço de um novo ritmo musical, o SAMBA.
Em breve, o SAMBA é gravado, e vão surgindo grandes músicos como DONGA, Pixinguinha, Noel Rosa, e outros mais. Se espalha pelos diversos bairros da cidade e surgem vários grupos que se organizam numa nova associação, denominada pelos sambistas de ESCOLA DE SAMBA. Em pouco tempo, as Escolas, no afã de mostrarem os passos coreográficos de seus BAMBAS (os componentes eram assim chamados) começam a desfilar em concursos promovidos inicialmente por jornais da cidade.
Com a popularização das rádios, os sambistas e compositores de SAMBAS passam também a ter um poderoso canal de comunicação com o público de todo o país. Afinal, todos queriam saber, em qualquer rincão do Brasil, o que se passava na capital federal. Vão surgir então as fusões do samba com outros ritmos, dando origem à profusão de gêneros que hoje todos conhecemos e que são: SAMBA DE BREQUE, SAMBA DE RODA, SAMBA DE PARTIDO ALTO, SAMBA CANÇÃO, AXÉ OU SAMBA DA BAHIA, SAMBA ENREDO, além da sofisticadíssima BOSSA-NOVA, que se espalhou então pelo mundo inteiro, juntou-se a ritmos do caribe e eu origem ao que se chama hoje de música-mundial (World Music), tocada em hotéis, aeroportos, clubes, palácios em todo mundo. O SAMBA venceu!!!